quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Estava sentada de frente ao mar, conversando com a lua. Temos um grau de intimidade muito grande. Queria que ela me contasse o que ha por trás do horizonte, dos sorrisos, das lágrimas, do infinito. Ela é tão teimosa. Insiste em dizer que as coisas das quais eu não posso enxergar, não são da minha conta. E eu sou pior, insisto que se não fosse não haveria curiosidade. Mas ela sempre me acalma e diz : “ Acalma teu coração minha pequena, as coisas mais belas da vida são artes incompreendidas, foram feitas para se olhar, admirar, sentir e não para ser decifradas”. Agora me diga se tem como eu, tão pequena e frágil, discutir com a lua soprando no meu ouvido? Desisto e fico só admirando ela brilhar.