Era incrível. Ela gostava de coisas leves e passageiras. Brincava com a brisa, admirava as borboletas. Sonhava em ver um furacão. Se sentia frágil, mas caso precisasse se defendia como um leão. Ela sabia que um dia partiria para sempre, era em breve, e não temia. Não acreditava em amores eternos, embora amasse a presença dele. E no dia da despedida, meio fraca e abatida ela suspira, olha para ele com delicadeza, lhe beija na boca e diz “Não fica assim triste meu amor, vai ficar tudo bem. A dor a de passar como um raio passa em meio às tempestades. Guarde de mim o sorriso e viva. Viva feliz. Porque a cada estrela que brigar no céu lembrará de mim, como quem foi e só. Esta tudo bem, não chore meu bem. Eu estou aqui”. E como em um sopro, ela deixou saudade.

Estava sentada de frente ao mar, conversando com a lua. Temos um grau de intimidade muito grande. Queria que ela me contasse o que ha por trás do horizonte, dos sorrisos, das lágrimas, do infinito. Ela é tão teimosa. Insiste em dizer que as coisas das quais eu não posso enxergar, não são da minha conta. E eu sou pior, insisto que se não fosse não haveria curiosidade. Mas ela sempre me acalma e diz : “ Acalma teu coração minha pequena, as coisas mais belas da vida são artes incompreendidas, foram feitas para se olhar, admirar, sentir e não para ser decifradas”. Agora me diga se tem como eu, tão pequena e frágil, discutir com a lua soprando no meu ouvido? Desisto e fico só admirando ela brilhar.

Atitudes difíceis de entender. Depois de tanto tempo vem me dizer que não consegue mais viver sem meus carinhos, sem meu amor, meu cuidado. Mas não foi você quem pediu para sumir? Do que adianta vim pedindo para retomar um sentimento que não tem mais lugar? Desculpa, mas se existe destino ele me fez encontrar um caminho contrario ao teu. Eu disse que iria encontrar alguém e encontrei. Sinto-me extremamente feliz e com o sorriso agradável. Nunca pensei em te dizer, mas sinceramente não quero mais você. Seja Feliz. Adeus.