De vez em quando abro os olhos e não tenho vontade de acordar mesmo que os sonhos e o sono tenham acabado. Desesperadamente, abraço meu ursinho de pelúcia e peço pra ele não deixar que acabe. Ilusão. Acordo, olho no espelho, sorrio. E pronto, já não quero mais dormir, adoro essas coisas que fazem transformações em alguns minutos.

E quando me sinto só, não sei se realmente me sinto. É tão agonizante que ao mesmo tempo estou pensando sobre pessoas que talvez pensem o mesmo que eu. E talvez não. O fato é que o termo solidão é triste de mais pra esta no dicionário, como se sentir só no meio dessa imensidão de pessoas? Penso que a resposta seria a sua fissura em procurar desesperadamente pelo menos alguém que pergunte se esta tudo bem. E no fim, você sempre encontra alguém que não precisa perguntar, mais sabe exatamente o que se passa com você, pelo seu sorriso forçado e pelo seu olhar disfarçado. É a lei da vida, quando a procura não se esgota a possibilidade de encontrar respostas é infinita.

Fascino-me tanto com esse negocio de ter que ser alguma coisa que ate me esqueço do que sou. E sinceramente, tenho minhas dúvidas de que alguém saiba. Agora para que servem as palavras monótonas e arcaicas, que tanto usam para se decifrarem? Também não sei, não adianta ler atrás de respostas. É inesgotável a duvida que me cerca diante de algumas coisas.

Fico aqui lembrando cada sorriso que ele tirou de mim, de cada beijo que me deu, de cada hora e em cada minuto que passei feliz ao seu lado. E quando penso nisso as lágrimas que corriam o risco de cair, se vão. Abro um sorriso e faço que nem louca. Ninguém me entende. Ele já me fez mais feliz do que imaginaria ser. Agora me pego aqui, cheia de rancor, sem nem saber se é o certo, ao menos tenho certeza de algo, mas é que foram tantas provas, tantas provas concretas, que mesmo não querendo, o passado volta à tona e meu cérebro esquece as minhas vontades, passa a agir por si só, como se eu não mandasse em mim. É que na verdade, só queria uma explicação da qual não cabe a eu dar.

Não preciso de muitas demonstrações , só de um carinho e um abraço apertado, de um beijo longo. Não quero muitas coisas, só quero o seu silêncio traduzido em algumas palavras. Na verdade, só preciso de alguns segundos, depois te deixo ir. Sem medo de que não retorne. E isso, não é mais uma declaração de amor, é só um rabisco dos meus pensamentos.

Decidi voltar, só por que
Claudinha me convenceu, haha' beijinhos, Myh.