terça-feira, 29 de novembro de 2011


Exatamente às 8 horas da manhã, do dia 12 de junho, levanto distraída na mesma ânsia do ano passado, mas com expectativas diferentes. A cama é diferente, os desejos são os mesmo, o quarto é diferente, o nervosismo é o mesmo, mas a rua é diferente. Aqui não existe o ônibus para tua casa, o qual estaria pegando as 10 e 50 da manhã, no ano passado. Procurei naquele guarda roupa diferente o seu presente embalado naquele papel de presente amarrotado da minha falta de cuidado. Não tinha nada. Almocei sem você, sem chegar atrasada. Tentei me distrair, aluguei toneladas de filmes, os quais me fizeram chorar conforme as horas passavam e as cenas se repetiam no filminho da minha cabeça jogado no fundo das paredes daquele quarto escuro. E me veio uma coisa na cabeça, eu tinha outro alguém e deveria estar pensando no presentinho dele, no que aconteceria com ele. Mas era um domingo, malmente levantei da cama e tinha se quer me perguntado se havia presente para ser trocado. Tudo confirmado ia sair para jantar. Levantei, tomei um banho, passei uma maquiagem leve, coloquei um sorriso no rosto e fui. Linda, cheirosa e calma por fora. Por dentro era o poço da lembrança que não me deixava falar direito, nem aproveitar direito, nem nada direito. Foi legal sim, conseguir disfarçar bem o “tic-tac” do relógio na minha cabeça. Mais no fim do dia lembrei que naquele dia eu queria você e você não estava.